Pois
é... nada como um dia atrás do outro e uma noite no meio!
Semana
passada, tive duas surpresas maravilhosas:
1
- Fiz de Cudemundópolis (S.Miguel/Itaquera) ao centro de Sampa, em 35 minutos.
Tinha que chegar as 13h em determinado lugar e cheguei as 12:50h (adoooooooooro
chegar no horário, pois, como toda mulher, raramente consigo).
2
- Ao parar no local onde eu ia... quem vejo? Minha professora de DATILOGRAFIA!
Ainda sou hoje a aluna nota 10 dela, poxa, ela não mudou nada, são exatos 30
anos passados! Ela me abraçou forte, beijou e disse que só mudei no cabelo (ah
que fofa! De vez em quando, gosto de ouvir mentiras também...rs). Rapidinho
voltam tempos que eram tão mais difíceis para os pais de minha geração,
difíceis para nós, ainda na tal ditadura militar, vendo movimentos sociais,
tendo acesso escondido a letras de músicas, como a de Veraneio Vascaína... que
eu achava o máximo! Mas que se meu pai pegasse faria eu engolir o folheto! O
mais grave que fiz foi cabular aulas e sentar na pracinha... do outro bairro,
claro! E mesmo assim chegava no ouvido do pai, que passava para o ouvido da mãe
que passava o cinto, o arame, o chinelo, o que tivesse em mim...hihihi.
Da
datilografia lembrei que fiz TUDO em 6 meses (inclusive a grande novidade: MÁQUINA ELÉTRICA!), coisa que demorava um ano, mas eu
era chique bem! Meu pai era o único no bairro que tinha MÁQUINA DE ESCREVER
(remington, de ferro, deve pesar uns 8 quilos, a tenho ainda aqui!).
Do
curso, meus dedos só não gravaram os números, pois eu empurrava só um pouquinho
a tábua que cobria o teclado e olhava... besteira minha, quem se lascou fui eu
que ainda hoje tenho que olhar para o teclado quando preciso usar números! É algo
tão engraçado: meu cérebro decorou os números do teclado à direita, mas não
decora os “da primeira carreirinha”; os sinais então.. PÓPARÁ!
Inevitavelmente
vem o saudosismo, bom claro! Tudo era novidade, tudo era legal, poder pagar um
curso de datilografia?? Afff, tudo de bom! A gente enchia a boca na escola para
falar: “não posso ir fazer o trabalho amanhã, vou para o curso!”
Hoje
fico possessa vendo o povo digitar com um dedo só, coisa mais sem graça!
Prestei
um concurso que saber usar uma máquina de escrever foi na fase eliminatória!
Cem (100) toques por minuto, rebatida descontava, não observar o final da linha
e separar a sílaba corretamente descontava. Passei com louvor, claro. Eu sempre
amei o som do teclado, sejam as teclas duras da máquina de escrever ou do
computador. No meu trabalho, quando pego algo grande para fazer, todos param,
se impressionam pois escrevo olhando o texto que estou digitando e raramente
olho o teclado!
Eu,
o Djou e o Véio fizemos um bom trio na FAB; quando começávamos a digitar
laudas, a velocidade, primeiro nas máquinas, e com a tecnologia a nossa
velocidade nos computadores era de fazer o pessoal parar e ficar admirado!
Ecoava a barulheira pelo corredor da unidade.
Ah
que delícia de tempo.
Claro
que amo o computador, senão não estaria falando com voces né? Aliás, nem
conheceria muitas pessoas, mas tudo muito fácil, muito rápido acaba acostumando
mal as pessoas. Continuo a favor do progresso sempre, mas nunca esquecendo que
brincar na rua, pular corda, amarelinha era bem gostoso também.
Bom
reencontrar a professora de datilografia, melhor ainda ir e voltar ao centro em
uma hora, isso é raro! Bom me sentir viva, estar viva.
Que
venham os problemas, e que Deus me conserve a saúde para eu combater o bom combate.
NÉNÃO?
Beijos.
LOYRA*SP
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