ÉRAMOS JOVENS

sábado, 12 de dezembro de 2020

 


Vida breve.

            O que é uma vida longa ou breve? Você acha que viver 120 anos é vida longa? Se sim, você não sabe de nada, inocente!

            Sempre tive muita curiosidade em coisas menos comuns; tudo que é moda, não gosto; tudo que todo mundo faz, não gosto; tudo que todo mundo gosta, não gosto; kkkkkk Dentro das pessoas chego a ouvir: insuportável, chata, do contra... kkk e eu gosto. Sou questionada a todo tempo (ainda) sobre coisas que para mim são banais: “pq vc não casa?” – e eu vou de: “pq eu deveria casar?” – a pessoa ri e não me responde. Kkkkkk E assim respondo a todas as perguntinhas senso comum. Quando retribuo perguntas tolas como esta: “e vc, pq casou?” vem a resposta mais besta ainda: “ah, sei lá, pq tem que casar né? Ter sua casa, sei lá”.... PQP, hein? Kkk Não posso ter minha casa, meu homem, meus amigos SEM CASAR? Não posso ser mãe sem parir? Não posso eu mesma decidir o que é bom ou não para minha jornada? E aí, meus caros, poucos seguem a conversa... dizem que to fazendo tese, que to filosofando, ‘psicologando’, e fogem... Tô preocupada com coisas grandes (língua).

            Quanto tempo tem o planeta? Quanto tempo levou para existirem as montanhas, a terra, o mar? O que são 100 anos? E se você tivesse sido contemporâneo de Cristo e ainda fosse vivo? Se tanta coisa mudou no mundo em 2020 anos, imagine em milhões, bilhões, trilhões??? Não é pensar muito pequeno que sou só isso? Quem tenho só essa vidinha? Nesse planetinha? E além daqui?? E eu tenho SÓ 52 e já dobrando o cabo da boa esperança, aí olho o povo doido, correndo para lugar nenhum, buscando afirmação em TER isso, aquilo... vejamos: num tempo de pandemia, onde em SP está tudo o caos, tem gente (a maioria) correndo para comprar “presente de natal”, fazer festa, onde o que mais se pede é NÃO AGLOMERAR, não fazer reuniões, e quem tá ligando??? Ai vem o que eu vejo de fora: não entendemos nada, foi mesmo? Eu, sempre gostei de estar só, sim... gosto muito de mim mesma! E 2020 foi crucial pra muitos estarem cara a cara consigo, a maioria não aguentou: adoeceu, surtou... não conseguiram SE suportar. Eu sempre entendi e busquei conhecer o outro para conhecer mais a mim, mas dos 46 pra cá eu to de parabéns. Ora, sim, vou me elogiar sim! Perdoe a falta de modéstia! Quando eu ouvia falar de ver que somos UM, eu entendia ‘pero no mucho’, expressar isso em escrita, vai ser mais confuso do que eu supunha. Mas vou tentar. Eu sempre achei que o Deus que minha igreja (ou qq outra) mostrava não estava lá nas nuvens, estava em mim também, um dia ouvi falar da centelha divina que somos, lá na minha infância, em algum lugar. Isso ficou em mim, e quanto mais eu ia na contra mão do que a sociedade tem como normal (lavagem cerebral) mais eu me achava. Afinal não optei por me encaixar nos padrões, se bem que muita gente consegue, de boa, vivenciar a contemporaneidade, suas regras e padrões com a busca da evolução do seu EU. Legal, deve ser mais evoluído que eu, né? Kkkk A pandemia me levou a conhecer muitas pessoas, olha que doido! Conheci muitos iguais a mim, gente que gosta de estar “na sua”, que falar: FIQUE EM CASA é música para os ouvidos. Próximo texto falo delas, por agora, fica a reflexão: VOCE SABE QUEM VOCE É? VOCE SE SUPORTA OU PRECISA DE ‘MULETAS’?

LoYRA.SP

 




Vida louca.

             E cá estou eu em final de dezembro de 2020. No texto anterior, brinquei com a pandemia... nossa, como sou otária! Em meu núcleo familiar ninguém se foi, mas ao redor... meu Deus! São 8 meses de pânico, de incerteza, interiormente me senti e me sinto, num filme daqueles de vírus mesmo, de pandemia mesmo, zumbis e "tals" olha que louco!

            E nesta vida breve, vamos passando, vou vendo as pessoas entristecendo, brigando virtualmente, estressadas ao extremo, muitas doentes da mente, depressivas, tudo por que não podem sair de casa, ou porque perderam seus empregos, ou poe que não acreditam no vírus e acham que é tudo invenção, cara! To conhecendo casa história, que penso: se eu sobreviver (e vou), vou ter muito a dizer...

            Nessa de vida breve, são 9 meses (uia! uma gestação) que alguns dizem que foram perdidos, outros que foram horríveis e outros que foram 9 meses de aprendizado (eu). PARI!

            Tá chegando uma vacina, ok. Foram rápidos, as primeiras previsões era pra 2022 pra lá. É a ciência, o progresso, o instinto de sobrevivência que atinge a nós humanos também, buscam “para todo mal, a cura” (Lulu Santos).

            Hoje conversando rapidamente com uma amiga, perguntei como ela estava, como se sentia pois sua mãezinha partiu do mundo físico tem poucos meses e ela disse que estava melhorando, e retribuiu a pergunta, à qual eu disse: SEI LÁ! Tô reflexiva demais, pensativa demais.. to quase uma monja! Que bom, ela riu...

            Sim, eu aprendi a MEDITAR, sim, podem cair duros! EU meditando, tipo pé no chão, mantra e AUM. Faz tempo que venho pensando no que vim fazer... a idade traz esta reflexão naturalmente, uns deixam passar com medo do que vão descobrir sobre si próprios, outros metem a cara. Eu e Sonia, metemos a cara! Nos vimos numa situação de total interiorização (depois do caos, que não cabe falar sobre no momento pois envolve outras pessoas), o que nos levou ao nosso reencontro como seres, cada uma dentro de sua evolução. Credo, to falando estranho. Kkkkkkkk. Falarei mais sobre isso. Mas por hora, é o resumo até aqui, de um ano tão diferente, tão estranho. Não surtei com ele, creio (e quero muito) que não piro mais nesta existência.

            Pandemia começou, ficou difícil, “melhorou” e agora estamos ladeira abaixo, pois ninguém pensa no outro, não queremos nos cuidar, não respeitamos nem a nós mesmos, imagine ao outro. É obrigatório o uso de máscara, mas a pessoa acha que “todos vão pegar a doença”, “que é uma gripezinha”, “que a família é da área da saúde e não é bem assim”, até que chega muito perto da gente, como atualmente, que onde trabalho estamos num surto, e ainda assim, vendo o colega cair na sua frente, a pessoa fala: “vai de cada organismo né? Uns são mais fracos”. Não é pra costurar a boca de um ser desses? E aproveitar e costurar uma máscara na cara também!

            E nessa vida louca (salve Cazuza!), vamos levando ela até ela nos levar....