ÉRAMOS JOVENS

sábado, 7 de março de 2015

Um tom de CINZAS


            Cresci ouvindo de tudo um pouco... mas as MODAS DE VIOLA, a música SERTANEJA verdadeira, sem o universiOTÁRIO, estas estão gravadas e cravadas no meu íntimo, o programa era JOSÉ BÉTIO (acho que é assim que se escreve), eu dormia e acordava com o som do rádio... aprendi a dormir com ele ligado, costume que ainda levo, senão o rádio, a tv.
            Ontem a música perdeu uma bela voz, eu perdi mais uma referencia...
            Estamos cada vez mais órfãos de boas músicas, bons exemplos. Hoje qualquer porcaria é intitulada CANTOR/CANTORA... outro dia, na tal da rede globo alguém dizia entrevistar a CANTORA (eita... esqueci o nome) uma ‘funkeira’, que de cantora não tem nada  de nada, fiquei pasma (ainda fico!), desse lixo platinado, reciclo a (o) personagem de Marcelo Adnet, aquele com jeito de revolucionário cubano e sotaque do meu nordeste, que detona a globo (de mentirinha, pra ele)... pra mim, ADOOOOOOORU.
            Voltando à música.... ah, a música! Minha companheira de todos os momentos desde que nasci. Não estou triste nem de luto... aliás, não usei luto nem na minha mais preciosa perda, só lamento (isso de lamentar me lembra alguém), é... lamento, lamento, lamento... mas sigo, ouvindo o que me resta ainda; desculpe a quem o passado não interessa, a mim, interessa e muito... sou um museu a céu aberto! Kkkkkkkk Gosto do cheiro que sinto ao ouvir músicas que me acompanham desde o berço, gosto do gosto que vem do abrir os olhos ao som do “joga água no gordo”, do José Bétio... gosto de lembrar que depois das 10 eu podia ‘colocar o rádio’ na radio America AM, afinal só tinha "coisa moderna": Ritchie, Rosana, (moderníssimos) às 14h não podia perder “que saudade de você”, que existe ainda com Eli Correia... mas que há muito não ouço! Um dia ainda escrevo pra lá, tenho saudade de tanta gente, mas tenho mais saudade do que não vi... tem uma música que fala disso. Aquela saudade que a gente não sabe do que é... será que são resquícios de outras vidas??? Kkkkkkkkkkk Não, creio que não. Mas é saudade gostosa,  nada de triste. Beijos a toda criatura que sabe ler...rsrs. Só vim registrar meu protesto , mais um tom de cinza... a vida fica cinza cada vez que se perdem referencias. Melhor mesmo esses jovens que nada de bom conhecem... sofrem menos.
Beijos oxigenados!

LOY