Para um novo amigo

Impressionante o ser humano! Não me canso de nós, não me canso de pensar, de observar de analisar o que me é dito, escrito, insinuado...
Essa nossa capacidade de absorver informações (nem todos, né?), criar, recriar me fascina. Por mim, eu me enclausurava e só escrevia, escrevia, mas ainda estou percorrendo o grande, vasto e lindo caminho do saber, não posso parar agora.
E o amor? Que coisa magnífica! Esta semana algo me chamou a atenção. Quem não conhece alguém que amou, ama? Todos conhecemos! Mas eu conheci um que ousou falar. E as palavras dele tocam o coração do mais duro ser (eu! risos). Pensei comigo: como pode uma pessoa falar tão abertamente de sua dor pela perda da pessoa amada? Aí, lembrei que ele só tem 30 aninhos... e lembrei que já fui assim. É do tempo, é da fase dessa caminhada que citei. Achei ele fofo, pois raramente homem se abre assim para o mundo. E fui ali, há 10, 13 anos atrás e lembrei que já fiz isso e muito mais.. será que amei e nem me dei conta? Antes eu tivesse começado esse blog antes, viu?
Vi nos escritos do meu colega, que aqui chamarei de Mr.X, esse amor avassalador, que um dia foi completo e se estilhaçou.
Esse sentimento, vamos lapidando, juntando, colando, re-colando... vamos separando a parte que faz mal daquela que faz um bem danado.
Eu confesso nunca ter amado como ama este amigo... mas, hoje lembrando, sei que dessa forma assim, quase incondicionalmente, tirando meus pais tive duas pessoas que me amaram mesmo!!!!! Eu quem não retribui, visto que, não escolhemos.
Isso é ótimo. Saber que fomos amados com intensidade é muito bom, olha vocês não tem noção. Mas amar assim, tenho comigo que ainda não amei. Será que é bom? Acho que ainda vou vivenciar esse amor que a tudo suporta. Lendo trechos dos poemas que este colega fez a sua amada, vejo que o que o move, o que o leva adiante é a esperança dela um dia ela voltar.
Com isso, ele vai vivendo um dia de cada vez... brincando, sorrindo, ajudando outras pessoas, pois é uma pessoa sempre com uma palavra, uma brincadeira, um ombro, um escracho.
Ele é um poeta nato, os textos dele denunciam isto. Mas na conversa informal, tenta passar o que não é... risos, um porra louca, mas lá no fundo só quem conhece.. agora o conheço, meu amigo-menino.
Sinto que passando esta fase do sofrimento solitário em que ele está, será um homem melhor ainda como ser humano. Pois ele observa e sente a miséria humana, e acha que se conformar com o que existe, com o que vemos não é legal.
É isso aí meu amigo. Ponto positivo para você. Tomara existir mais pessoas assim. O que eu não disse a ele e nem vou dizer é que quando a dor de cotovelo passar, daqui uns anos, com ou sem “ela” ele vai ler e vai se achar meio ridículo de ter escrito tudo isso... vai rir, vai querer chorar de lembrar o que passou, mas vai pensar consigo: AO MENOS, ME DEIXEI VIVER ISTO.
Beijos.LOYRA.