ÉRAMOS JOVENS

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

ERRANTES? (2006)



Rita Lee (talvez, depois de muito cânhamo) escreveu: “como mutante, no fundo sempre sozinho/seguindo o meu caminho/ai de mim que sou romântica”.
Então, o destino dos que sonham é ficar só? Em sendo vis, teremos companhia? Gostaria do fundo de minh’alma não crer nisso! Lembrei que um conhecido enviou-me um texto que escreveu no dia dos namorados, chamado SOLIDÃO. E não era nada romântico, o texto demonstrava um vazio tão grande, que ao ler, senti por ele, pois nem eu que passei esse dia, mais só do que nunca, me sentia da forma como o colega se expressava, não havia emoção... era só uma realidade opaca, cheia de nada. Isso me levou a pensar (tudo me leva a pensar, graças a Deus!). Então, sou eu feliz! Sofro de emoção incurável! Meu reservatório é inesgotável. Sorrio porque estou feliz, choro porque estou triste, sorrio porque o gato mia, choro porque o cachorro late... enfim, até borboleta me comove! Depois de 20 anos, descobri que na minha região existe ainda a borboleta MONARCA, quando vi a foto, fiquei emocionada... A monarca é uma espécie que sumiu dos quintais, lembro-me em criança que eram tão comuns, que a mãe as pegava e amarrava uma linha em seu corpinho (não era maldade, malvadeza de mãe, Deus perdoa), a mãe não via o lado ruim, só via a nossa alegria... e dava pra gente “empinar”, é mole? Empinar borboletas!...E os grilos? Quando eles pulavam demais e nossa linha era curta, ela arrancava (que nenhum membro da sociedade protetora dos animais leia) as pernas que dão impulsão e fazíamos do grilo, nosso cachorrinho... tudo bem que uma hora ou outra, quando puxávamos a linha, vinha só metade dele... fazer o que? O brinquedo morria! Mas isso é uma doce lembrança pra outra página.
Então, pessoas como eu e loka estão condenadas à solidão. Talvez ser “dada”, adepta de baladas e beijar muito a boca de qualquer um (eca!) fizesse de mim a “mina ideal”, mas por não ser medíocre, para os mais novos sou mestra no kama sutra e para os mais velhos sou uma farsa, pertenço a quadrilhas, etc etc...rs. Ah sim! Nem tudo está perdido no campo a 02! Tem os homens de minha faixa etária! Oba! Oba uma ova! Fúteis! Não sabem o que querem, não querem o que sabem. Claro que como toda regra, existe um de 25 que é hiper maduro e o de 45 que é hiper “verde” (digo de conhecimento e não de estatística de revista).
Ouvindo o relato da Sonia sobre a turma dela de baladas... damos risada, mas e aí? Faz alguns anos (uns 10) que ela não chega falando: “Gi, você perdeu! Foi da hora!”
Ela é mutante, se adapta facilmente a ambientes e pessoas (eu sou menos); mas olha... NO FUNDO SEMPRE SOZINHO, SEGUINDO O CAMINHO. Por que tudo que ela me diz se resume em solidão: saem todos (homens e mulheres) a caça, abatem, contabilizam e voltam pra suas casas bêbados, cansados e frustrados por não terem voltado com ao menos um número de telefone, ou um convite para o reencontro. Isso é estar na moda?? TÔ É FORA! Ou como diria o Dirrrrrceu: “que poblema! Me inclua fora!”kkk. No meu tempo balada era coisa séria. “Ficar” era raro! A maioria dos beijos tornavam-se namoro (eu que o diga!), e namoro sério... de sofá, de levar na escola e tudo mais! Notem... ando muito incomodada com isso, né? Claro, só ouço falar nisso! Deus do Céu... alguém com um assunto diferente apresente-se! PLEEEEEEEEEEASE!

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