ÉRAMOS JOVENS

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Abóbora Selvagem???????


Oi povo lindo, ando correndo mais que muambeiro em época de ano novo! Santiago e Malu me ligaram esses dias, na páscoa, para desejar feliz páscoa e para saber de mim (ó que fofos!), pois não comento mais na gazeta maringaense, nem estava escrevendo no blog. Que bom que eles tem telefone, né? Hoje acordei cedo para o curso de inglês intermediário que estou fazendo, afff porque me inscrevi no intermediário mesmo??? Caraca, eu tinha que voltar lá para o basicão! Agora é tarde, cismei que vou fazer, já está pago mesmo!
E lendo o blog da gazeta, havia uma matéria detonando um breganejo, o Luan Santana, tadinho! Deixa ele gente! O moleque tá milionário!
Uma só pessoa defendia o pseudo-cantor (e não era eu não!), a pessoa chamava o Santi e a Malu de “tio e tia”, mas não por ser sobrinho, entendi aquilo como uma beliscadinha. E lembrei do meu tempo, segue um episódio.
Nos idos de 1980, quando começaram a surgir lá no planalto os faroestes cablocos, os vitais e suas motos, surgiam aqui no sudeste os kid abelhas, os titãs, joão penca e seus miquinhos. Enfim... era uma explosão de “novidades”! Ditadura dando sinal de queda, lutas pela democracia e eleições diretas. Papai envolvido até o fio do bigode (pois cabelos, já tinha poucos) e eu, claro, no país das maravilhas! Ouvia as músicas e me encantava, falavam da realidade mais próxima a mim, bem diferentes do Lupcínio, do Altemar Dutra, e outros que eu ouvia.... até que vi e ouvi KID ABELHA E OS ABÓBORAS SELVAGENS. XONEI!!! A música carro chefe era Lágrimas e Chuva, depois começaram a tocar GAROTOS. Comecei a juntar mesada, cadeirada, chinelada para comprar um Long Play (tenho ainda uns 30). Esses dias conversando com a Cris,ela também recordou desse fato, pois eu a levei comigo ao centro do bairro (só nós duas, uma aventura impar), ela diz que se achou a mais importante prima do mundo: nós duas sozinhas olhando lojas de discos na rua da estação de São Miguel Pta!!!! KKKKKKKKKKKK.
Comprei o tal disco, afff que emoção! Vinha no ônibus lendo o encarte, lendo as letras e uma me chamou a atenção: UNIFORMES. Era uma letra curta e estranha, ao ouvir entendi a mensagem, e chorei. Sim... hoje sei que era isso que eu era, que eu sou: “...E quantos uniformes ainda vou usar? E quantas frases feitas vão me ensinar? Será que um dia a gente vai se encontrar, quando os soldados tiram a farda pra brincar?...” Quando coloquei o disco na VITROLA (é... eu tinha vitrola chique, cara, da PHILIPS!) minha mãe odiou e perguntou “que música era AQUILO”, mostrei o disco, ela disse que pareciam os CÃO! Kkkkkkkkkkkkkk
Bem, como toda adolescente, em qualquer época, eu parecia um disco riscado quando cismava, ouvia o dia tooooooooooooooooooodo. Quando a mãe brigava, eu baixava e ouvia bem baixinho... lendo o encarte; decorei o disco, as letras, as batidas. Um dia ele arranhou! PARA MIM: A MORTE. Pois o grupo já era sucesso, e com sucesso o disco era caro. Eu havia comprado no começo, então paguei preço normal. Na escola perguntava aos colegas como tirar o arranhado, e alguém que não lembro quem, disse: PASSE UM FERRO MORNO SOBRE UM PANO DE ALGODÃO EM CIMA DO DISCO! É BATATA, SAI TUDO!
E NÃO É QUE SAIU??? Saiu a linha onde a agulha passava, saiu a forma, saiu o som, saiu minha vida ali naquele momento! Chorei muito! Quem me passou a “receita”, talvez até estivesse certo (a), eu errei pois na ânsia de não ter aquela faixa riscada, cheguei em casa, peguei uma fralda (a Nilde, já morava em casa, tinha um filho), então de posse da fralda, liguei o ferro de passar, esperei um pouco e ajeitei o disco em cima DA CAMA, pensei comigo: se morno arruma bem, quente vai ser o bicho, vai ficar lindo! Lambi o dedo, coloquei na base do ferro e ouvi o famoso SCHIIIIIII! Mãos à obra! Passei pra lá, pra cá, tirei, olhei sem levantar a fralda, passei de novo! Prontinho. Prontinho o escambau, quando peguei o disco, parecia uma saia godê engomada! A imbecil aqui ao invés de usar uma mesa como base, usou um colchão, naquele tempo, gente, colchão de mola era de mola mesmo! Um pedacinho pra cima, outro pra baixo, imagine um ferro quente no vinil!!!! Claro que derreteu! Ai ferrou tudo, esquentei mais o ferro, e passei numa base sólida! Ah que beleza! O que era ruim ficou pior, pois a base sólida fez o “godê” abrir! Tentei colocar na vitrola... o braço da vitrola parecia uma moto em um circuito de motocross! Chorando escondida, pois se meu pai visse chorando por nada, aí a gente chorava com gosto! Afinal não faltava comida, roupa, leite, pão e teto. Com tanta gente necessitando eu tava chorando por disco??? Mas chorei, chorei, guardei meu disquinho no plastiquinho e coloquei na capinha e o guardei. Frustrada, triste! Adeus kid, até um dia quando eu trabalhar e puder comprar você de novo! Afoguei minhas frustrações nos discos que tinha no momento: GRETCHEN, TRIO LOS ANGELES, ROBERTO CARLOS (compacto duplo), e outros... os radicais que emergiam no cenário da música nacional eu só ouvia na rádio cidade fm sp (96,9), no meu rádio-gravador que foi point também na minha época. Depois falo disso.
Assim sendo, quando nos perguntarmos: “Que música é ISSO?” – Luan, Rodolfo e Maria, (Rodolfo e Gabriela? Não sei o nome da dupla, mas quem gosta diz que faz um sucesso TREMENDO) – devamos antes, lembrar do que gostávamos lá atrás... que nossos pais achavam o Ò! Risos. Claro que os Luans de hoje, serão os “dominós” de amanhã. O bom é que, em contrapartida a estes, estão Rita Ribeiro, Vander Lee e outros maravilhosos de nosso cenário atual da música nacional.
BEIJOS.
P.S.: Lá pelos 19 anos, depois dessa tragédia musical em minha vida comprei o CD! Nem aparelho de tocar CD eu tinha, e vim ter muitos anos depois, mas, o CD eu tinha! E TENHO, TÁ?? Só a capa, pois o bandido levou meu porta cd do carro com mais de 40 discos, kiraiva!
LOY.

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