ÉRAMOS JOVENS

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

ACORDA MULHER!


Fala-se muito na violência física contra a mulher, hoje temos até a lei Maria da Penha (amém), finalmente algo palpável, fundamentado para nossa defesa. Claro que a violência física é difícil conter, visto a mulher ter estrutura menos preparada para a luta corporal do que o homem. Essa violência envergonha, humilha, mas com o passar do tempo, a marca visual sai, mas a da mente, da alma........ só aumenta. Mas hoje venho falar da outra violência... a dissimulada, a disfarçada, aquela que a própria mulher finge não sofrer.
O que leva um homem a cometer essa violência? Alguns anos (40) convivendo com eles na vida real e 10 anos de convívio na net, já tenho bagagem que deixaria qualquer FREUD mais doido ainda; Aristóteles amaria Platão e não o criticaria, e Maquiavel, com seu “príncipe” ia se sentir uma moça donzela... pois o que vejo, o que leio e o que tenho registrado em verso, prosa, pen drive e memória é de lascar!
Enoja-me (eu escrevi ME ENOJA, ma o Word grifou e disse que tava errado...rs) alguns que se dizem “homens”, sempre subjugando a mulher seja de que forma for... um explora a amizade, como li outro dia fuçando um Orkut: a mulher emprestou uma grana pra alguém que ela considerava amigo, ao que vi não tinha cunho sexual não, era conhecido chegado, e o cara se mandou pra outra cidade e nem tchau deu a ela... achei legal por que ela ESPINAFROU mesmo. Pena que poucos tenham visto, pois era noite, e o caloteiro excluiu a mensagem, mas eu GRAVEI! A imagem dessa pessoa para mim, já abalada, caiu por terra... e eu que achava que o conhecia... Isso é conteúdo para meus escritos, não posso fingir que não vi.
Existem várias modalidades a que mais tenho visto é a violência contra a mulher carente, que se “xona” por alguém, só por ter lido ou ouvido palavras afáveis; sem ver que aquele homem apenas atirou, para ele é vantagem ter outra mulher, em local bem distante, sem que isso abale sua conduta ou sua união falida. O chavão é: “olha amor, não quero saber do seu passado, e nem vamos falar de futuro, o que importa é hoje!” – QUE LINDO HEIN? Kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Meninas, PELAMORDEDEUS, até eu, EU já ouvi isso; o moço achou que eu ia xonar e acabou que quem xonou foi ele, e perdi até o amigo... droga, eu alugava ele até umas horas, viu? Morria de rir, pois falava tudo o que eu achava de homem canalha e ele tinha que ficar QUIETINHO... kkkkkkkkk E também éramos vizinhos, ops... somos, e isso prejudicou muito pois ele podia tudo, já eu... era monitorada, não gostei! Mas voltemos: Então vocês me dirão: houve ai uma violência contra você? Não a partir do momento que EU PERMITI, e que não me senti violentada e sim violentando, houve violência contra outra mulher que se prendeu dentro dela mesma e convivia com a humilhação e a resignação de esposa impotente e invisível. Evidente que os poucos que souberam, apontaram A MIM – notem – e não ao homem.
Logo, a maior violência e a que mais choca é esta de nós contra nós. Estava no site das PROMOTORAS LEGAIS/SP e li que a lei Maria da Penha tem sido pouco usada, não porque a violência contra nós tenha diminuído, e sim por que denunciar agora dá cadeia. Sendo a maioria das mulheres sem esclarecimento, sem coragem, e por necessidade financeira ou psicológica (carência) tem “dó” de mandarem para a cadeia seus “companheiros” – aqueles mesmos que as espancam, exploram, violentam seus filhos, sua vida, sua dignidade – tornando assim a lei impraticável.
Mulheres, não somos MAE de nossos homens (exceto os filhos paridos...rs) entendam isso! Homens: NÃO SOMOS SUAS MÃES E IRMÃS, mas para que vocês entendam isso, quem tem que falar, orientar e conscientizar somos nós, afinal homens nascem das mulheres, são criados e educados por elas, portanto............... são frutos do que nós mulheres os ensinamos.
Complicado? Não. Talvez um processo difícil e demorado, mas ainda em tempo, sempre em tempo.
Queria eu que apenas um terço de vocês que me lêem tivessem pai e irmãos como os meus. Talvez daí a dificuldade em tantas pessoas não me aceitarem como alguém de pensamento LIVRE, INDEPENDENTE de estar namorando, noivando ou qualquer outro “ando”... é porque homens como os que admiro são cada vez mais raros.
Um abraço, LOYRA.

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