ÉRAMOS JOVENS

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

e... definitivamente!


Não conhecia Martha Medeiros até que alguém muito querido me disse que meu jeito de escrever a lembrava. Fui procurar quem era... putz, que honra. 
Hoje coloco aqui um texto que encontrei e que, de fato, bem poderia ter sido eu a escrever. Concordo com ela, mas ainda acho que as pessoas, como diz meu 'amigo íntimo' dão suas cabeçadas, não são claras, se frustram e culpam O OUTRO por conta de suas desilusões. Eu, aqui e ali, ainda fico chateada com a postura de pessoas que julgo próximas a mim e do nada, ou por conveniência, se afastam e usam das desculpas mais esquisitas... bom, quem viver verá e este assunto é para outro texto. Bjs. LOY

"Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. 

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. 

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. 

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. 

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. 

Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. 

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional..."

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